Como não usar um gráfico - parte 1

Na última semana um estudo da Fundação SEADE que comparou as mortes por homicídio versus acidentes de trânsito no estado de São Paulo fez um certo alarde na mídia. Talvez sensibilizada pela recente onda de acidentes bizarros cometidos por motoristas embriagados a TV Globo adotou a linha editorial de "mortes no trânsito superam homicídios", com frases como "o que mais puxou pra cima a violência no trânsito foram as batidas com motos". Tudo ia bem até aparecer o gráfico abaixo na reportagem:

Não precisa fazer força para perceber que não foi a violência no trânsito que atingiu níveis alarmantes e sim os homicídios que vem caindo drasticamente nos últimos anos, esse deveria ser o enfoque da reportagem. Como a intenção da TV Globo era demonizar os acidentes de trânsito usar esse gráfico foi um tiro-no-pé!

O uso de gráficos deve ser limitado a reforçar a sua mensagem e não para preencher espaço no seu relatório, pois o uso decorativo só aborrece os seus espectadores, enquanto o gráfico objetivo potencializa a sua informação.

Vamos trazer esse exemplo da TV para o mundo corporativo, imagine que esse informe para os acionista fosse "conquistamos a liderança do mercado" só que o gráfico está mostrando é que a concorrência é que perdeu participação não nossa empresa que melhorou e está crescendo. Entendeu a diferença?

Veja também: Gráfico De Barras Com Imagem e Gráfico Cotação do Dólar Com Imagem
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